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sábado, 7 de agosto de 2010

BOOTLEG'S - não deve ser confundido com a pirataria

Bootlegs

são gravações não autorizadas de áudio ou vídeo do trabalho de um artista ou banda musical, podendo ser realizadas directamente de um concerto ou de uma transmissão via rádio/televisão. Estes últimos podem incluir entrevistas e materiais inéditos, que foram descartados por serem considerados inadequados para um produto comercial, bem como passagens de som, ensaios, etc.
O termo bootleg tem sua origem na famosa obra da literatura inglesa As Viagens de Gulliver, escrita em 1726 por Jonathan Swift, onde no mundo "smuggling", os "smugglers" (contrabantistas) escondiam o contrabando dentro de baús, balsas e canos de botas ("boots"), para não serem presos. Com o passar do tempo, o "boot", passou a ser gradualmente usado como adjectivo para descrever artigos de origem dúbia (envolvidos em algum tipo de actividade criminal) e acabou por se tornar um termo conveniente para esses tipo de gravações emitidas por selos independentes, uma vez que são realizadas sem o consentimento do artista ou da gravadora dona dos direitos autorais. Inicialmente, os bootlegs eram feitos em vinil e/ou em fitas cassetes. Actualmente, os bootlegs são difundidos em CDs ou disponibilizados na Internet sob a forma de download digital gratuito.
O grupo britânico The Beatles foi um dos grupos de rock com mais bootlegs da história da música. Um dos primeiros bootlegs dos Beatles vendido foi o Kum Back. Neste, o engenheiro de som Glyn Johns mixou diversas versões de músicas gravadas para o álbum Let It Be. Nos Estados Unidos da América, o primeiro bootleg comercializado foi        The Great White Wonder(http://en.wikipedia.org/wiki/Great_White_Wonder), do músico Bob Dylan, gravado em estúdio com os músicos do The Band. Ambos os bootlegs datam de 1969. Em 1970 foi lançado o Live On Blueberry Hill do grupo de rock, Led Zeppelin, um dos primeiros bootlegs gravado ao vivo. Outros bootlegs famosos da época são The Greatest Group on Earth dos Rolling Stones e a versão bootleg do álbum Smile, dos Beach Boys.
Durante a década de 70, a indústria do bootleg expandiu-se. As gravações ao vivo, ainda que fossem as mais comuns, possuíam qualidade ruim, já que eram feitas em meio ao barulho e gritos da multidão. Outros bootlegs eram feitos diretamente da cabine de som do artista, geralmente sem o consentimento da equipe que trabalhava nos concertos. As capas dos bootlegs também tinham qualidade ruim.
Com o tempo, não só as gravações como as capas foram sendo aperfeiçoadas. Surgiram grandes selos de bootlegs como a Swinging Pig e Yellow Dog, cujos álbuns além de terem qualidade boa apresentavam uma capa mais elaborada e trabalhada.
Conceitualmente, "bootlegging" (produzir , distribuir , ou vender bootlegs sem autorização, "ilegalmente") não deve ser confundido com a pirataria. Pirataria é o ato de fazer e negociar cópias ilegais de material oficialmente disponível. Os materiais contidos nos bootlegs não foram ainda lançados para o comércio, não estando, portanto, disponíveis para compra, embora em alguns casos possa ser observada a ocorrência de um registro no comércio simulando uma tiragem oficial (uma raridade). Porém, devido à disponibilidade difundida dos CDs-R, a maioria vasta deles somente está disponível através de linhas "não-oficiais" das comunidades negociadoras, em um esquema em que não há envolvimento financeiro, baseado na troca 2:1 (dois CD-R vazios para cada CD-R gravado). Apesar da discussão sobre a legalidade desses bootlegs, existe uma legislação de combate à ambos.
Era comum nos anos 1970, 1980 e 1990 colecionadores dispenderem de vultosas quantias para obterem alguma gravação de seu artista favorito. Alguns bootlegs possuíam edições muito limitadas, o que o tornava mais concorrido e valioso. Fãs faziam trocas entre si para obter o máximo de gravações possíveis. Trocava-se cópias em fita cassette e VHS, que por serem mídias analógicas, quanto mais se multiplicassem, maior seria o desgaste de qualidade e, portanto, sempre era - e ainda é - importante indicar a que "geração" pertencia a gravação, como por exemplo: "2ª geração = cópia da cópia da fita mestre". Com a introdução das primeiras mídias digitais, como o DAT e o MiniDisc, as gravações das mídias mestres seriam exatamente as mesmas em suas duplicatas, já que a perda de qualidade era quase zero. O meio de envio geralmente era pelas agências de postagens. Hoje, com a Internet, já é possível obter bootlegs sem despesas de envio e de mídias. O protocolo P2P (Peer To Peer) garantiu o fácil compartilhamento entre os usuários.
 Na década de 1990, houve uma conversão generalizada de muitos dos mais velhos bootlegs em formato de disco compacto. Unofficial gravações tornaram-se mais facilmente disponíveis do que nunca, resultando em milhares de bootlegs em CD sendo distribuído entre os ávidos colecionadores e fãs, em muitos casos de shows que haviam sido registradas mais de trinta anos antes. Em particular, as empresas na Alemanha e Itália exploradas as leis de copyright mais relaxado nesses países, pressionando um grande número de CDs e incluindo catálogos de outros títulos sobre a incrustações, tornando mais fácil para os fãs para encontrar e condenar mostra direta. Do mesmo modo, leis de direitos autorais descontraído na Austrália significa que o mais sério desafio legal para lançamentos não autorizados foram feitas com base na lei de marcas pela Sony Music Entertainment em 1993. Tribunal resultados foram a favor de permitir a liberação de gravações não autorizadas claramente marcados como "não autorizado". Contudo, o GATT 1994 atualizado em breve fechado esta lacuna de protecção so-called "em todos os três países acima mencionados eficazes 01 de janeiro de 1995.

Preenchendo o vazio, com a expansão da Internet, websites bootleg e listas de discussão começaram a aparecer, inclusive sites públicos catering para colecionadores que trocavam fitas e CDs gratuitos, e os sub-reptícia dedicada à venda de cópias ilegais para fins lucrativos.
Durante este período, o compositor Jerry Goldsmith se tornou bem conhecida para fisicamente esmagamento contrabando de CDs apresentado a ele para assinar. Um equipamento alemão chamado Tsunami Records foi prolifically vender gravações não autorizadas de música de Goldsmith para os preços que geralmente excedido varejo normal para um único disco.
O endurecimento das leis e maior fiscalização pela polícia, em nome da British Phonographic Industry (BPI), Recording Industry Association of America (RIAA) e de outros grupos da indústria, muitas vezes por questões periféricas, como evasão fiscal, gradualmente expulsou os distribuidores de fins lucrativos vinil e CD piratas mais underground. física contrabando em grande parte transferidos para os países menos regulados, tais como Hong Kong, Rússia e Brasil, com os resultados distribuídos através de canais subterrâneos existentes, os sites de mercado aberto, como o eBay e outros sites especializados.
No entanto, o final dos anos 1990 e início de 2000 viu um aumento no comércio livre de bootlegs digital, reduzindo drasticamente a procura ea rentabilidade dos bootlegs física. O aumento do padrão formatos de áudio como MP3 e FLAC, combinado com a habilidade de compartilhar arquivos entre computadores via e-mail, FTP, mensagens instantâneas, e especializada peer-to-peer redes de compartilhamento como o Napster (extinto em p2p ), Limewire, SoulSeek e BitTorrent, tornaram mais fácil do que nunca para bootleg colecionadores raridades de câmbio. As gravações mais antigas analógicos foram convertidos para o formato digital pela primeira vez, as faixas de CDs piratas foram rasgadas para discos rígidos do computador, e novo material foi criado com gravação digital de vários tipos, e todos esses tipos podem agora ser facilmente compartilhados. A qualidade ea portabilidade dos dispositivos de gravação e microfones também aumentou de forma exponencial, resultando em gravações que foram muitas vezes em pé de igualdade com as versões oficiais. Uma mudança notável causados por essa mudança tecnológica foi a unidade de troca: ao invés de comprimento álbum de coleções ou gravações de shows de todo, os fãs, muitas vezes já tinham a opção de pesquisar e baixar cópias ilegais de músicas individuais.

Tipos de Bootlegs
Gravações do som ambiente do auditório (AUD)


Como o nome sugere, são gravações feitas em concertos ao vivo por um membro do auditório, usando um dispositivo portátil de gravação com um microfone. Embora o som não seja geralmente comparável àquele de uma gravação da mesa de som ou do rádio, as gravações da audiência sempre fizeram muito sucesso. É pouco provável que se encontre uma gravação dos anos 1960 ou dos anos 1970 de qualidade, já que nestas épocas a tecnologia não era desenvolvida. Embora os bootlegs gravados pelo público tivessem qualidade geralmente ruim, a qualidade total melhorou muito nos anos 1980 através de um maior aperfeiçoamento das fitas cassette e do surgimento das fitas DAT, que evitavam perdas de qualidade. Além disso, nos anos 1990, surgiram os primeiros gravadores de MiniDisc, que tinham qualidade comparável à de um DAT, porém a um preço bem mais acessível. Atualmente utiliza-se gravadores totalmente digitais, que não necessitam mais de mídias virgens para gravações, evitam ao máximo a perda de qualidade e que podem ser conectados aos computadores via USB.


Gravações de mesa de som (SBD)

Este termo é usado freqüentemente descrever toda a gravação que for feita usando equipamento profissional, mas este termo deve ser usado apenas quando a gravação é feita por um sistema de som profissional em uma apresentação ao vivo. Isto significa que a qualidade da gravação é geralmente boa, próxima de uma gravação profissional, lançada originalmente por grandes gravadoras. Porém, pode-se encontrar gravações tanto equalizadas, corretamente misturadas e trabalhadas em estúdio, quanto aquelas que não passaram por qualquer tipo de edição.

Gravações de rádio (AM/FM)

Evidentemente, estes bootlegs são gravados durante transmissões de estações de rádio. A qualidade destas gravações depende muito da recepção da transmissão e de como a captura do áudio é feita. Sendo também originadas de uma mesa de som, as gravadores de rádio sempre são devidamente editadas, talvez até do mesmo modo que um disco oficial, apresentando equalizações e misturas bem definidas. A grande maioria destas gravações em circulação têm origem em transmissões de estações FM, logo apresentando um som em estéreo, de dois canais, enquanto que as de estações AM, as mais antigas e mais difíceis de serem encontradas, possuem som em mono, de apenas um canal.

Gravações de pré-transmissão (Pre-AM/Pre-FM)

Primeiramente há dois tipos de gravações de pré-transmissão - mais comumente chamada de Pre-FM - sendo o primeiro praticamente igual à uma gravação AM ou FM, porém vinda de um CD ou LP produzido especificamente para transmitir tal concerto ou sessão de estúdio, sendo assim a partir daí já elimina-se as perdas de qualidade ocorridas nas transmissões. É muito comum encontrar pela internet gravações deste tipo vindas de produções da BBC Radio 1 e Westwood One. O segundo tipo vem daquelas fitas mestres que reproduzem as gravações exatamente como elas foram feitas, sem equalizações ou definições de misturas, quase que sem barulho da platéia, mas com a melhor qualidade possível. É possível também encontrar nessas fitas aquelas faixas que foram eliminadas nas mídias de pré-transmissão.

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